Sociedades


SOCIEDADE DE MULHERES
A ORIGEM

“No dia 05 de julho de 1884, na Igreja Metodista do Catete, no Rio de Janeiro, surgia a primeira Sociedade de Mulheres, e na ocasião foi chamada de Sociedade Missionária. Tempos depois, foi o nome mudado para Sociedade Auxiliadora. Após a autonomia da Igreja Metodista, em 02 de setembro de 1930, em São Paulo, passou a chamar-se Sociedade Metodista de Senhoras. Hoje, denomina-se Sociedade Metodista de Mulheres, considerando o processo de inclusão sem distinção de idade, situação civil e outras. Iniciou com apenas oito mulheres. Atualmente aproximadamente 70% da membresia da Igreja Metodista do Brasil é composta pelo sexo feminino. O texto bíblico que inspirou a primeira reunião de mulheres foi "não desprezes os dias dos pequenos começos" (Zc 4.10)”.


HISTÓRICO

“É no final do século XIX que os grupos societários passaram a organizar-se na Igreja Metodista, seguindo os moldes já estabelecidos pelo Metodismo nos Estados Unidos. Esta organização dava-se por gênero, faixa etária e direcionamento do serviço: sociedade femininas, subdivididas em Sociedades Auxiliadoras, Sociedades Missionárias e Sociedades de Moças, e Sociedades de Jovens, organizadas em ligas (Ligas de Epworth). As organizações destas Sociedades cresciam em grande número, conforme os anais das Conferências Anuais e Distritais.”
“O lema da Sociedade Metodista de Mulheres “Viver para Servir” tornou-se a marca das Sociedades Metodistas de Mulheres a partir de sua apresentação, por Eula J. Long, em um Congresso da Federação de Mulheres no Sul. Desde então, este tem sido o compromisso das mulheres metodistas com o Reino de Deus. O lema traz à lembrança um dito de Jesus, segundo Mateus: “Aquele que dentre vós quiser fazer-se grande, seja o vosso servente; qualquer dentre vós que quiser ser o primeiro, seja vosso servo” (Mt 20.26,27).”.
“No ano de 1931, a Confederação das Sociedades Metodistas de Mulheres votou a favor da proposta da missionária Leila Epps, que desenvolveu um símbolo (distintivo) para simbolizar a fé, a certeza da esperança concretizada e o compromisso com a sociedade: o símbolo é composto de uma tocha envolvida em uma coroa de louros e a faixa onde se lê “Viver para Servir”. As cores do símbolo confirmam a constância do trabalho das mulheres – a cor azul – e a valorização do serviço destas mulheres – a cor amarela”. 


“Atualmente, as Sociedades Metodistas de Mulheres possuem uma estrutura em parte similar à esboçada anteriormente no que tange a dinâmica de suas reuniões. A sociedade continua priorizando a importância da participação das mulheres Metodistas e o envolvimento com a missão (por exemplo: através de visitações a hospitais, asilos e creches, confecção de enxovais de bebê para mulheres carentes). O cuidado com o desenvolvimento espiritual continua sendo um fator essencial das reuniões, ou seja, momentos para reflexão sobre a leitura bíblica, cultos domésticos, orações, organização e participação de retiros espirituais.”
“Toda sócia deve ter ciência de suas responsabilidades: participar assiduamente das reuniões e programações; estar informada sobre o planejamento da Sociedade, da Federação e da Confederação Metodista de Mulheres; assinar e, quando possível, enviar material para publicação na revista Voz Missionária; apoiar financeiramente a Sociedade Metodista na qual participa; envolver-se nas diferentes ações e ministérios da igreja; participar das campanhas missionárias para apoio de projetos sociais nas regiões norte e nordeste do Brasil. Uma destas campanhas nacionais intitula-se Festa Suzana Wesley. Trata-se de uma festa anual da família onde há uma reflexão teológica acerca do Metodismo e seu compromisso com a sociedade e verbas são arrecadas para projetos sociais.”
“No que diz respeito ao envolvimento destas Sociedades e das mulheres nas relações de ordem sócio-política, este tem sido diferenciado, e abordado com mais ou menos intensidade, dependendo das lideranças nas igrejas locais e Regiões Eclesiásticas. No entanto, não se pode ignorar que o compromisso em ser participante das transformações, a fim de promover a justiça e a solidariedade é elemento chave na história das mulheres chamadas Metodistas.”

Extraído de: Marilúcia Fernandes Lima, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia, Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, RS, 2006.

Sociedade de Juvenis

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